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O Ano Litúrgico dos cristãos se origina do povo judeu, que também tinha seu Ano Litúrgico, marcado sobretudo pelas festas ligadas à natureza e à vida, que sempre se tornavam religiosas, tendo como acontecimento central a saída e libertação do Egito (Páscoa), a Aliança oferecida e aceita no Monte Sinai (Pentecostes) e a festa das colheitas, (Tabernáculos), e que se tornaram, além de outras menores, festas memoriais, recordando e atualizando, através de ritos, palavras, gestos e cantos, a salvação realizada por Javé. Nossa liturgia cristã bebeu dessa fonte pura, aprendendo com o povo judeu a ver e celebrar no tempo a intervenção do Deus que salva, salvação esta levada à plenitude por Jesus Cristo. No Verbo Encarnado, o amor de Deus continua irrompendo em nossa história, visitando e libertando o seu povo, realizando maravilhas entre nós...
O Tempo Litúrgico tem, pois, como unidade central o Ano - tempo da graça do Senhor, tempo da plenitude, tempo da Igreja que nasce da Páscoa de Cristo, e cuja presença entre nós é para sempre: o Cristo Ressuscitado caminha conosco rumo ao Reino definitivo. O tempo da liturgia, além de se organizar pelos ciclos naturais do dia, mês e ano, destaca-se pelo ciclo cultural-religioso da semana de sete dias, tendo o domingo como referência central, pois "no primeiro dia da semana"o Senhor ressuscitou, chamado por isso o Dia do Senhorou Domingo. Assim, este "grande dia de festa" se tornou para a Igreja apostólica e para nós, hoje, um dia consagrado, onde os cristãos se reúnem para celebrar a memória da morte e ressurreição do Senhor. O domingo é o dia da nossa páscoa semanal, através da celebração da eucaristia, memorial da Páscoa de Jesus, por isso mesmo, dia de festa e alegria, antecipação do banquete eterno!
O Ano litúrgico é um caminho pedagógico-espiritual para nossa vivência cristã, um instrumento de salvação e comunhão, um meio para santificar e viver o tempo da graça do Senhor; com ele, desdobramos ao longo do ano os principais acontecimentos da vida de Jesus, partindo da sua Encarnação (Natal) e culminando na Ressurreição e glorificação (Páscoa). A partir destas duas festas básicas, foram surgindo ao longo do tempo, outras festas do Senhor, dos mártires, de Nossa Senhora... Portanto, é à luz do único mistério salvador, que celebramos e cantamos NO TEMPO a nossa redenção. Mistério profundo e inesgotável, que se desdobra no chamado Tempo Comum, e que o canto deve expressar, acompanhando o sentido do Ano Litúrgico e suas festas.
Daí a necessidade de se buscar e aprofundar a espiritualidade dos diversos Tempos Litúrgicos, para adequar a música e o canto ao mistério de Cristo, sempre o mesmo, mas vivido e celebrado de forma diferente no hoje da salvação. Para cada tempo e cada momento especial dentro do Ano Litúrgico, há gestos, símbolos, ritos e cantos próprios, que nos ajudam a mergulhar no mistério do Senhor!
Ir. Miria T. Kolling
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Muita criatividade nessa hora!